Vigilância na forma de coação não é bom

As pessoas precisam ter liberdade para exercerem suas funções e realizarem suas atividades sem sentirem coagidas, vigiadas e o tempo todo monitoradas, porque isto acaba frustrando e limitando o raio de ação para que se produza com criatividade, se começarmos a desconfiar de tudo e de todos em todos os lugares, as pessoas se sentiram desprestigiadas, observadas e de alguma forma restringindo qualquer iniciativa colaborativa para se criar um ambiente atraente, flexível e cooperativo, é evidente que um acompanhamento sobre a atividade e o comportamento devem estar presentes, podendo até ser realizado por meios eletrônicos, mas deste que isto não signifique aprisionamento de liberdade, que não entorpeça a capacidade de cada um de desempenhar conforme suas aptidões e competências, senão estaremos criando um universo vigiado em que as pessoas se sentirão receosas de qualquer atitude visando até mesmo fazer melhor qualquer atividade, pois sentem-se tão inseguras em relação a qualquer movimento que façam, o que acabam por restringir e fazer simplesmente o que lhes cabe, não querendo fazer mais ou melhor porque podem ser penalizadas por isto.

A vigilância quando feita deve-se ter o cuidado para não criar um ambiente artificial, superficial e ameaçador, em que as pessoas tenderão a se sentirem como robôs, que somente fazem o que lhes cabe ou é lhes determinado, se existe a necessidade de vigilância através da supervisão e ou a monitoração através de um monitor, que sempre se leve em conta fatores humanos e sociológicos para não criar barreiras e engessar os movimentos, se algum tipo de vigilância eletrônica for necessária, que esta seja realizada de forma coerente com os comportamentos humanos, não sendo feita sob forma de perseguição e desconfiança, ela deve ser tratada somente como um instrumento para coibir qualquer ação mal intencionada, mas de forma não constrangedora ou amedrontadora, se pessoas se sentir atormentadas e perseguidas, elas tendem a limitar seus esforços e empenho, e a ficar sobre tensão constantemente, tornando o ambiente um verdadeiro limitador do trabalho criativo, colaborativo e cooperativo.