Conhecimento Adquirido não Usado

Vivemos em uma época cujo o conhecimento acumulado quer seja pela experiência, quer seja pela ciência, muitas vezes é ignorado e sequer utilizado. Temos hoje a nossa disposição um amplo leque de acessos aos mais variados tipos de informação, que nos informam e nos ensinam sobre os mais variados assuntos: saúde; alimentação; doenças; negócios; culinária; profissão etc... A informação é abundante, cumulativa e repetitiva. Nas escolas nosso filhos tem acessos nas mais diversas disciplinas, o conhecimento que acreditamos ser relevante a sua educação e ao seu aprendizado para que sejam preparados para os desafios da vida que certamente lhes cobrará. Esperamos que todos assimilem as informações, que retenham o conhecimento para que possam fazer uso quando necessitarem.  E nós que já passamos pela fase dos bancos escolares, que comprometemos muito tempo de nossas vidas em aprender e conhecer tudo o que continha nos livros e que nossos professores nos passaram, se voltássemos no tempo para relembrar o que fazíamos quando estudávamos e como assimilávamos o conhecimento que nos eram passados, certamente lembraria nos das dificuldades, dos problemas que enfrentamos relativos a educação.

A critica que faço é que vamos para a escola, lemos jornais, assistimos televisão e estudamos nos livros, mas não estamos sabendo incorporar, assimilar as informações que ali estão, estudamos porque temos que estudar, lemos e copiamos, mas não estamos entendendo o seu significado, não estamos captando a essência e fazendo uso da informação em nossa vidas, não estamos levando para o nosso cotidiano, ao nosso bem estar, nossa saúde, nosso trabalho, nossos relacionamentos. Não praticamos o que lemos e estudamos, muito ao contrário, escrevemos teses e mais teses, mas não pomos esta teoria em prática, desperdiçamos tempo, dedicação e esforço em estudar, pensar e escrever, mas isto não vira um ato prático, não faz parte da nossa vida cotidiana.

É o paradoxo do conhecimento conhecido que não fazemos uso, conhecimento inútil que não serve para nada. Mesmo sabendo não mudamos nosso comportamento, as nossas atitudes e acabamos por não implementar em nossas vidas o que certamente serviria e seria útil, é o conhecimento morto, sem utilidade e que muitas vezes é só tempo jogado fora, tempo desperdiçado em conhecer, em saber e para depois ser esquecido.

Conhecimento só tem validade e é importante quando de alguma forma possamos fazer uso dele, aplicando e incorporando em nossas vidas. Se a nossa alimentação é ruim e sabemos que é ruim, mas não mudamos nossos hábitos alimentares, de nada adianta ter conhecimento sobre alimentação correta. Se na nossa profissão não aplicarmos as técnicas e os métodos aprendidos, estudados para poder exercer a profissão, mas no local de trabalho não os aplicamos, este conhecimento todos se torna inútil. Obtemos títulos, diplomas e certificados, mas não aplicamos o conhecimento relativo aos mesmos.

A necessidade de uma conscientização do que queremos, o que estamos fazendo e aonde queremos chegar, um verdadeiro senso crítico a fim de não desperdiçarmos tempo, esforço e dinheiro que não servirão para nada, se verdadeiramente não aplicamos tal conhecimento. Temos um discurso para tudo, mas não fazemos o que falamos, escrevemos livros, ensaios, artigos, mas não fazemos o que escrevemos. Façam o que eu digo mas não façam o que eu faço, a mesma coisa quando escrevemos. A mensagem que fica é de que tudo não passa de conversa fiada, sem valor, sem credibilidade. Só podemos ter credibilidade, ser confiáveis, somente se aquilo que dissermos e escrevermos for aplicado por nós, o conhecimento que possuímos, o usamos e aplicamos em nossas vidas, em nosso trabalho e com o relacionamento com os outros.

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