Risco Operacional por Cliente

Uma operação financeira envolvendo qualquer produto de crédito sempre vai oferecer riscos, estes riscos podem ser tanto de mercado devido a sua instabilidade, como econômicas em decorrência de flutuações e mudanças de cenário, os riscos são uma parte integrante e associada a cada operação financeira, seja de crédito ou investimento, os riscos envolvem todos os aspectos relacionados a incertezas futuras, pois se concede um crédito mas não tendo a certeza absoluta de que irá receber de volta, se investe ou se aplica um recurso financeiro sem ter a certeza de que os valores serão corrigidos de forma a corresponder as expectativas ou quando pior, sem que seja corrigido ou ter que receber um valor inferior do que foi investido, os riscos envolvem tanto a operação financeira como também do risco relacionado ao cliente, ou seja, riscos podem estar relacionados a fatores independentes da vontade, desejo e expectativa do cliente, como também pode não ser o cliente o fator de gerador de incertezas, já quanto ao risco da operação, esta tem haver com dificuldade de alocação do recurso financeiro ao fim que se destina, falta de definição objetiva da alocação do recurso financeiro, modificações e alterações nos planos a que se destina o recurso, aumento de preços e custos, inflação acima das expectativas, despesas extras não relacionadas ou previstas, isto quanto ao crédito concedido, já em relação ao crédito investido, os riscos podem variar em grandes amplitudes, desde mudanças de humor no cenário econômico, acontecimentos repentinos que interferem no valor do bem usado como referência para rentabilização, pois investimentos em produtos financeiros que são derivados da valoração de outro bem, carregam com sigo o risco dos bens a que estão derivados do produto financeiro, decisões econômicas por parte de instituições reguladoras podem deteriorar o valor de um produto financeiro, pois a tomada de decisão de algum agente central pode determinar a fulga de capitais de um mercado para outro, o que acarretará em desvalorização ou valorização, dependendo do caso, em razão da baixa oferta ou excesso de oferta de um capital, e ainda existe o risco do inesperado, de acontecimentos fora do controle, como desastres naturais, catástrofes e acidentes. O risco relacionado ao cliente tem haver com as intenções e atitudes do cliente em relação a pagar e honrar com o crédito cedido, pois pode o cliente por motivos e situações alheias a sua vontade ou mesmo por sua vontade, não poder ou querer pagar e quitar o crédito que obteve, este risco é um risco que não tem como ser verificado ou analisado, pois pode consultar o passado e o histórico de cada cliente, pode se analisar o seu bem patrimonial e a sua capacidade de pagamento, assim como, a sua capacidade de gerar e produzir riqueza para poder pagar qualquer crédito, mas nunca sua intenção, seus planos e seus objetivos, desta forma, nestes casos o risco é compensado através de garantias e avalistas, pois os avalistas se solidarizam com o devedor, ou o cliente fornece uma garantia em compensação de não haver pagamento, mas nem sempre a garantia compensa o risco, nem sempre de um cliente é exigido uma garantia, o que pode ocorrer de não haver compensação para um determinado risco, acarretando em prejuízo para o agente credor.

Risco sempre será o grau de incerteza em relação a probabilidade de acontecimentos no futuro, pode-se prevenir dos riscos, pode-se mitigar os riscos e também pode-se ter alternativas quanto a ocorrência de um risco, mas jamais pode se eliminar ou se desconsiderar a probabilidade do risco, estes podem serem em menor ou maior grau de acontecerem, podem ser de maior ou menor peso ao ocorrerem, podem acarretarem em maior ou menor prejuízo pelo acontecido, mas os riscos estão presentes e devem sempre serem avaliados com cautela para que sejam adotadas medidas preventivas. Os riscos devem sempre serem avaliados com antecedência em qualquer operação de crédito para que possibilite determinar o seu grau de incerteza, além de, que sejam implementadas medidas para que estes sejam preventivamente eliminados, mitigados ou absorvidos, criando com isso mecanismos e instrumentos que tornem toda a atividade econômica da organização viável, impulsionadora e sustentável.