Lidando com a complexidade - Manifestações Públicas

O jogo de forças entre os poderes constituídos e instituídos é uma jogo sutil, disfarçado mas que esta presente em nossas vidas, fazendo parte até mesmo do nosso cotidiano, por isto há de se ter muito cautela, ponderação e cuidado ao fazer qualquer cometário, ou mesmo julgamento precipitado, não podemos nos deixar levar por ânimos exaltados e nervos a flor da pele, pois muitas vezes é um contágio propagado sem que as pessoas saibam realmente porque estão nervosas e exaltadas, simplesmente querem reivindicar algo, brigar por algo, mas sem saber realmente porque estão tão agitadas, é fácil querermos nos meter numa luta e abraçarmos uma causa, mas também é sabido, que as causas tem que buscarem ter objetivo, meta e foco, para não ficarem reivindicando de tudo e mais um pouco, sem saber como agir, como propor soluções e como negociar, temos que reivindicar nosso direitos, temos que protestar sempre que for necessário, mas conscientes e preparados para encontrar soluções, propor saídas e encontrar alternativas. Pois só ficar protestando sendo vago e vazio, sem entender o que deve ser mudado, o que deve ser modificado, e sem propor soluções para as nossas reivindicações, poderemos chegar a lugar nenhum, e a não conseguir nada, obter nada e ficarmos a ver navios, isto quando não destruímos e prejudicamos seja o patrimônio publico ou bens privados, pois nervos acerbados e tempestivos, tendem a levar a desordem, ao caos e a anarquia, imprimimos as nossas reivindicações atos de vandalismo achando que estamos lutando por causas nobres e verdadeiras, enquanto na verdade estamos nos enganando, destruindo e prejudicando, temos que fazer reivindicações civilizadas, ordenadas e buscando sempre atrair a atenção dos responsáveis que podem  atender nossas reivindicações, sem que com isto, destruamos, arruinamos ou prejudicamos uns aos outros.

As revindicações devem ser legitimadas quando  por conta de motivos justos que mostre aonde esta o problema e qual pode ser a solução, embora as vezes, não tenhamos uma noção claro do que nos atormenta, pois as coisas são tão confusas, simplesmente existe a razão para protestar, mas sabe-se que a soma de muitas coisas, causam indignação e revolta, por isto é tão importante definir prioridades, atender as necessidades urgentes, atender aos problemas e buscar soluções para o que mais afeta, sem um caminho, sem um rumo, sem uma direção, sabendo o que deve ser atendido, feito e realizado com prioridade, para depois podermos atender o que é supérfluo e que não tem necessidade urgente, quando se trata de organismos públicos, quando se trata das necessidades públicas, quando se trata do que é obrigação e direito da população, devemos sempre atender estes com prioridade, o estado tem que defender e atender os seus clientes, que são o povo, a população e os eleitores, no que tange a incumbência do estado em fazer e cumprir o seu papel para com seus cidadãos. Querer fazer tudo ao mesmo tempo, atendendo a tudo e a todos, querendo fazer de tudo para todos, não tem como ser eficiente, focado e atender satisfatoriamente as necessidades.

Os jornais diários impressos, os jornais televisivos, as rádios e a internet estão repletos de notícias ruins, de violência, de crimes, de assaltos, de roubos, de descaso, de gente enfrentando filas, de gente nos hospitais sendo mal atendida, de crianças esperando horas nos postos de saúde para conseguir ser atendidas, enfim, as notícias são alarmantes, isto fora questões como transporte, infraestrutura e corrupção, ou casos em que temas sem muita importância tomam a pauta de discussão no congresso, sem que se de atenção aos  problemas que afetam diretamente a população, tudo isto e mais um pouco, quando somados e não houver uma postura, atitude e iniciativas para se resolver, quando não há mais como suportar, levam a indignação, manifestações e revoltas, por isto é preciso ouvir, olhar e atender o que esta ocorrendo no dia a dia da população, vamos prestar atenção nos acontecimentos que nos afetam, senão poderemos entrar um caminho sem volta.