Liberdade e Justiça

Talvez a liberdade seja a maior de todas as conquistas sociais do ser humano, pois a liberdade nos proporciona inúmeros benefícios quanto a nossa capacidade de poder  opinar, de poder expressar sentimentos, de poder dizer o que pensamos, de poder criticar sem ser condenado, julgados ou sentenciados por isto, a liberdade de ir e vir para aonde bem entendemos nos permite fazer escolhas e optar pelo melhor caminho que nos convier, a liberdade de indignarmos com a opressão, de nos indignarmos com a perseguição, de nos indignarmos com a injustiça, de nos indignarmos com o mal feito, de não nos conformarmos com o que esta errado, sem liberdade nada é possível, ficamos presos e amarrados as circunstâncias sem podermos darmos um grito de protesto, a liberdade é saída para muitos problemas, é a saída para os perseguidos, é a saída para os oprimidos, é a saída para os aprisionados, é a fuga para os que não são bem vindos, é o grito de esperança, de indignação e de protesto quanto ao que não concordamos. A liberdade é a vida que queremos viver sem estarmos condicionados aos opressores e que nos mantêm sob vigília, aos que acham que podem calar com a força, que impõe restrição, que se alimentam do poder autoritário para restringir a voz da oposição e dos que são contra a qualquer tipo de aprisionamento, seja ele qual for. Liberdade de viver e de deixar viver como as pessoas gostariam, liberdade de sair quando as pessoas não querem mais ficar, liberdade de fugir quando as pessoas não desejam mais permanecer. Liberdade de vida e de viver, liberdade de falar e deixar falar, liberdade de protestar e deixar protestar, liberdade de expressar sentimentos, opiniões contra o que esta errado, contra o poder intimidador, limitador e violador dos direitos humanos. Ninguém pode perseguir a vida de ninguém, ninguém pode vigiar ninguém, ninguém pode se intrometer na vida de ninguém, ninguém pode impor  sua vontade sobre o outro usando da força, fazendo uso do poder, da intimidação e do medo. A tal liberdade conquistada com a  queda da Bastilha na França, a chamada revolução francesa, em que assegurou direitos que devem ser invioláveis, o direito da propriedade, o direito da privacidade, o direito de independência e o direito individual de cada pessoa,  os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", mais de 200 anos já se passaram mas ainda estes direitos são negligenciados, muitos ainda acham que podem através do poder impor sua vontade sobre as pessoas. Viver a vida com liberdade é um grito que ainda ecoará por muito tempo.

Justiça esta para a liberdade tanto quanto a liberdade esta para justiça, uma nutre a outra  e uma sobrevive da outra, somente há justiça quando existe liberdade, somente há direitos quando existe liberdade, direitos é o resultado da justiça e liberdade é o alimento da justiça, na justiça esta o limite da liberdade, se não há justiça não existem limites, a justiça é quem determina  o que é certo ou errado, a justiça é o que diz o que se pode fazer e não fazer, é a justiça que diz até aonde vai a sua liberdade, a justiça tem o poder de poder esclarecer o que é injusto, a justiça tem esta característica de ser a balança para equilibrar o que é excesso, do que se ultrapassou em termos de direitos, ocasionando peso adicional de desequilíbrio, enquanto a espada esta para cortar o excesso de peso, cortar a injustiça, e a fenda nos olhos é para que a justiça não veja e faça distinções baseadas na aparência, baseadas em estereótipos errados, não distinga sobre valores superficiais, e sim no problema, nas causas e nas consequências, o simbolo da justiça de uma mulher com uma fenda nos olhos, segurando uma espada em uma das mãos e na outra segurando uma balança tem este simbolo a fim de demonstrar como ela age e deve agir. A justiça se baseia em regras que determinam os limites, que  a liberdade no tocante quando esta prejudica o outro, a justiça é escrita com regras e normas de atender ao coletivo e ao individual, sem distinção e sim para atender  o direito de todos, para assegurar o direito individual sem ferir o direito do outro ou do coletivo. Sem justiça tudo fica solto, vago e tudo pode, não há limites, restrições e faz o que se quer, como se quer e do jeito que ser, sem levar em consideração o outro, sem justiça há o autoritarismo, o desmando e o poder sem limites. A  justiça não pode ser exercida por quem quiser e achar que pode fazer a sua justiça, ela deve ser exercida por quem entende de leis, por quem tem incumbência de fazer a justiça e por quem tem a incumbência de zelar pela justiça, se qualquer um a seu modo resolver fazer a sua justiça também estaremos criando o caos e a liberdade sem limites, a justiça deve ser exercida por quem tem preparo, incumbência e competência para exerce-la, de forma indiscriminada, de forma de não distinguir, de forma de não preconceituar, pois a justiça deve servir a todos e ser para todos de igual forma, de igual valor e aplicada a todos. A justiça não permite que ajam conforme sua vontade, sem reunir provas, sem ter um julgamento, sem dar direito a defesa, sem levar em consideração motivos, sem entender as circunstâncias envolvidas, sem ver tudo de forma clara e abrangente, justiça somente pode ser justiça, quando o sentenciado, condenado, tiver direito de se defender de forma ampla e aberta, que não haja condenação por parte da pessoa que esteja interessada na condenação quando estas levam vantagens e ganham com a condenação de alguém, justiça somente é justiça quando o veredito vier de apoio e consulta a outros, pois podemos ser levados a jugar baseado nas emoções, sem no levarmos em conta as circunstâncias, e tudo o que estava envolvido, se alguém for condenado injustamente de forma que houve interesses pessoais envolvidos, poderemos estar condenando pessoas inocentes e sem culpa, pois o que se quer é achar um culpado, sem saber realmente se era culpado. Justiça para os injustiçados de forma clara, transparente, aberta e com amplo direito de defesa, mas da forma convencional, em um tribunal, com todos os seus formalismos a fim de que se tenha ordem e respeito, não ferindo direitos e deveres dos réus.