Provisionamento para Devedores Duvidosos - PDD

Em tempos de crise e recessão econômica aumentam as chances de as empresas e famílias não conseguirem honrar seus compromissos financeiros, pagar suas dívidas, muitas das quais contraídas no sistema financeiro, isto porque e de compreensão óbvia, é que a crise inibe o consumo, aumentam as incertezas econômicas, prejudicam os investimentos e acarreta em corte de custos e gastos, ou seja, empresas demitem para cortas custos, empresas vendem menos e não conseguem arrecadar o suficiente para fazer frente a seus gastos, como também, famílias e pessoas, buscam economizar e evitar gastos desnecessários, além de muitos sentirem os efeitos das demissões e da diminuição de suas receitas, ou que seus salários sejam corroídos pela inflação, o que invariavelmente implicará em perdas na capacidade de consumo, tudo isto é motivo para preocupação dos bancos, das instituições financeiras, que vem a diminuição por apetite por crédito se acentuar, como também, o encarecimento do crédito ser a única saída para evitar perdas e compensar o calote dos inadimplentes, clientes que não conseguem honrar mais seus compromissos, que por isto, deixam de pagar em dia, ou mesmo pagar seus compromissos financeiros em virtude do acentuamento da crise e suas consequências. Quando existe este temor em relação ao acentuamento de uma crise instaurada, as empresas em geral buscam se antecipar e se prevenir do pior, cujo cenário vislumbrado mostra-se preocupante e intimidador, com quedas nas vendas, perca de capacidade de arrecadação, endividamento e a consequente incapacidade de honrar compromissos assumidos com os bancos, isto tudo, em uma ambiente já pessimista, o que leva os bancos a elevar o limite de suas provisões para conseguir fazer frente a este cenário desolador, de forma a acompanhar o risco e a incerteza futura, e ainda, restringindo ou impondo condições mais rigorosas para conceder crédito, em face os riscos envolvidos, além de elevar os juros, para poder mitigar os efeitos do aumento da inadimplência, ou seja, o crédito fica mais caro, com juros mais altos, em razão do aumento da incerteza futura, derivada pela inadimplência dos seus clientes, o que notadamente irá influenciar na economia, já que quanto mais caro o crédito, menor serão os investimentos na produção e maior será a incapacidade da economia voltar a reagir e superar a crise econômica. Quando uma situação de crise é percebida e quando o cenário desenhado e previsto é pessimista, tende os bancos a aumentarem suas provisões para créditos duvidosos, de forma a conseguirem estar alavancados com fundos que possam também manterem sua capacidade de operar, ou seja, o PDD é um instrumento financeiro ou mecanismo de alavancagem financeira que os bancos utilizam para fazer frente aos clientes que não conseguem pagar suas dívidas, de forma a compensar esta queda na receita, o que implica em menor capacidade de os bancos suprirem o mercado com liquidez monetária, diminuindo sua capacidade de oferecer crédito, associado ao risco elevado, de que os clientes não consigam quitar suas dividas, o que acaba por encarecer o crédito e diminuir as chances de as empresas manterem suas atividades, porque não vendem, como também não tem receita para quitar seus compromissos, e assim, também não produzem, tendo que cortar pessoal ocioso e também gastos em investimentos, ou quando, precisam de crédito para manterem sua atividade, mas encontram aumentadas as restrições em virtude do cenário econômico, de forma que, somente com a reversão deste cenário negativo e pessimista, poderá influenciar os bancos a voltarem conceder crédito com menor rigor, como também a diminuir suas provisões em PDD, além de poderem serem diminuídos as taxas de juros, porque o mercado em crescimento, favorece a expansão dos negócios e os investimentos em produção, como também a contratação de trabalhadores. 

As crises econômicas sempre irão impactar na capacidade de concessão de crédito, seja porque não há espaço para investimento, porque o risco é grande, seja porque os bancos tem que provisionarem mais recursos para conseguir fazer frente ao acumulo de falta de pagamento, e também, seja porque, os juros são mais caros, porque o custo do dinheiro se torna mais caro, já que é preciso embutir no juros, o risco futuro de não pagamento da dívida, isto tudo, acaba por revelar o aspecto perverso da crise, pois bancos, assim como todas as empresas, precisam honrar seus compromissos, e os bancos precisam remunerar seus clientes que aplicam recursos e investem em ativos financeiros, sem que leve os bancos a uma situação de insolvência, e possa também acabar por tornar um banco, uma instituição que não consegue mais honrar compromissos e manter sua atividade como negócio. O PDD sempre será o melhor instrumento financeiro, utilizado pelos bancos, para gerenciamento de uma crise financeira, de forma a manter os bancos líquidos e solventes, mas que impõe diminuição na capacidade de conseguirem oferecer crédito a juros mais atrativos ao mercado, tudo influenciado pela crise econômica.

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