Uma Nova Ordem Econômica Aplicada
Em um mundo passando por grandes provações em função das flutuações econômicas verificadas em todas as economias de mercado, as oscilações decorrentes das profundas transformações que estão acontecendo em todos os países em face as mudanças no cenário mundial. A dicotomia entre o capitalismo liberal, aonde o mercado atua de forma livre sendo ele próprio o responsável em regular sua atividade através de mecanismos da livre iniciativa e competição e o capitalismo de estado, aonde o estado é o responsável por criar e incentivar o desenvolvimento da economia através ações e investimentos, atravessa uma fase em que repensemos qual o caminho melhor, ambos tem seus pontos fortes e fracos, deficiências e virtudes, mas nenhum esta para dizer qual é o melhor, sabemos que um estado endividado não tem como atuar no desenvolvimento da economia e uma economia liberal tem a perversidade de não enxergar seus limites, ocasionando bolhas especulativas super valorizadas incorrendo em suas consequências. Um impasse quando pensamos que só o desenvolvimento interessa, o crescimento da economia, para atender as demandas internas de cada país, a dúvida esta em encontrar um meio termo para que possamos conciliar desenvolvimento com responsabilidade, que possamos atender as demandas crescentes mas de forma a não comprometer o balanço contábil, discursos e improvisos não contribuem para que se chegue a uma resposta, talvez chegamos a um estágio do desenvolvimento humano em que tenhamos que repensar o modelo de agir quando o assunto é economia, talvez seja o tempo em que cooperativismo e cooperação sejam a tônica que ditarão os novos rumos a serem seguidos quanto ao balanceamento das ações econômicas no futuro, assim poderemos suprir as demandas sem afetar e comprometer gerações futuras, talvez chegou a época de se deixar o egoísmo de lado e começarmos a pensar holisticamente, a fim de que propicie condições para criamos oportunidades sem sacrificarmos gerações de jovens que a cada ano buscam se colocar no mercado econômico. Um modelo econômico que vislumbre uma ordem para que busque beneficiar a todo um contingente de grupos, organismos, estados e nações, em que o divisor de águas entre o passado e o novo modelo seja o respeito as diferenças buscando a conciliação de interesses objetivando atender as diversas perspectivas.
Respeito implica em atender as necessidades e as demandas internas de cada país mas sem comprometer o futuro das novas gerações, talvez as respostas estejam no que chamamos de desenvolvimento sustentável, ainda um utopia se pensamos na forma como ainda agimos para atender nossas necessidades individuais e não cooperarmos como as necessidades que também outros tem. É sabido que a livre iniciativa ainda é o melhor caminho, mas como deixar a livre iniciativa caminhar e ao mesmo tempo contribuir para que possa incluir todos sem prejuízo quanto as responsabilidades ao ser humano. Como criar instrumentos e marcos regulatórios sem também criar freios que possam inviabilizar o desenvolvimento, como agir para que não se verifique ciclos econômicos com picos e vales agudos que afetem drasticamente populações e gerações inteiras, como criar um vicio de crescimento continuo cujos picos e os vales não sejam acentuados e que pessoas não sejam prejudicadas, são questões que devemos responder para não comprometermos nosso futuro e retrocedamos a épocas passadas marcadas por guerras, fome, miséria e tragédias, todas consequentes da falta de diálogo, da falta de entendimento, da falta de tolerância e respeito as diferenças. É preciso deixar de lado as diferenças, saber ser flexível e buscar o entendimento através da cooperação e do cooperativismo, esqueçamos o orgulho e repensamos nossas formas de conduta, aprendemos a aceitar melhor o outro, a ouvir e busquemos o diálogo para que soluções sejam alcançadas para o bem comum.
Comentários
Postar um comentário