Reformar a TR em JP (Taxa de Referência para Juro Produção).
A taxa de referência criada em 1990, durante o governo Collor, teve como objetivo auxiliar o governo da época em propiciar o congelamento dos preços empregado na econômia, e como se sabe, na história, isto foi um grande fracasso econômico, tendo visto, que se impunha ao mercado uma condição em contraponto com a lei de oferta e procura, de forma que, a lei foi maior e venceu a batalha, pois em econômia, nada pode ser aprisionado, além do equilíbrio econômico, ou seja, a oferta e a demanda precisam estar equilibradas, isto porquê, são estas, em última instância que ditam o ritmo econômico. E pensando nisso, bem sabemos que a taxa de referência é ainda utilizada para remunerar a poupança e o FGTS, que neste entendimento, são remunerados bem abaixo das taxas reais de inflação de consumo, de forma que, tanto o investidor de poupança e o trabalhador de carteira assinada, perdem dinheiro, na maioria das vezes com este tipo de remuneração, não obstante a isto, temos as empresas, que endividadas ou precisando se endividar para operarem seu negócio e atividade, muitas vezes sucumbem, literalmente quebram, por não conseguirem arcar com os altos juros praticados no mercado de crédito, ou seja, ter crédito e dívida para muitos é um suplício, pois não basta trabalhar, tem que rezar e orar também, e com isto, empregos são perdidos, a produção fica comprometida e a econômia estagnada, ninguém investe em produção com medo de quebrar, e nisso, entra a inflação que se aproveita da baixa competividade e falta de investimentos, ou seja, a inflação quer sempre desequilibrar a balança, tanto quando a deflação, pois jogam com a oferta e procura, demanda e consumo.
Diante da realidade e do conhecimento histórico é preciso repensar e reformular a formulação de juros no Brasil, pois acho que não é de interesse de ninguém ver empresas quebrando, negócios sendo fechados, empregos sendo perdidos e pessoas desempregadas, ou seja, este quadro precisa ser mudado, nisso, é preciso pensar em como evitar que as empresas sucumbem por conta de não conseguirem pagar suas dívidas, de forma que, algo tem que ser feito nesta direção. Pensando nisso e buscando uma solução em relação as questões de mercado, levando em consideração que o IPCA é calculado em função do consumo de pessoas e famílias, que não obstante, é quem dita o ritmo da produção e da econômia doméstica, interna e nacional, mas que considera toda a cadeia ou corrente de consumo, cujo preço final está e pode ficar muito distante do custo de produção, haja vista os efeitos Inflacionários das quais derivam o comportamento do preço, ou seja, a inflação em muitos e grande parte dos casos se horiginam da ganância de ganhar mais, isto visto, as oportunidades existentes em conformidade com as profundas deficiências na oferta e procura de mercado, que por isto, uma taxa de inflação que considerasse somente os custos de produção, no que tange as empresas, deveria ser levantado e calculado, que com isto, teríamos uma visão e panorama mais amplo e abrangente da econômia, pois se saberia o que realmente está acontecendo na econômia em termos de oferta e procura, pois podem estas variáveis de mercado estarem destoadas e desequilibradas, que por isto, podemos ter inflação e também deflação, por conta das deformações existentes no mercado, que com isto, se poderia desenvolver e praticar um juro de produção, juro para empresas, compatível com a realidade de mercado, que refletisse a realidade das empresas, para que estas, tanto pudessem buscar crédito ou pagarem suas dívidas, em cima de um juro de produção e não de consumo, ou seja, teríamos um juro de consumo, que notadamente acompanha a SELIC, não obstante a isto se tem a dívida pública, que também influencia no juro SELIC, mas que, independente disso, é a inflação que dita os juros, ou seja, uma inflação de produção resultaria num juro de produção, somente para empresas, que com isto, teríamos como resultado, um combate a inflação mais efetivo e eficiente, pois as empresas não correriam tantos riscos com endividamento e crédito, e assim, iriam investir na produção para suprir necessidades de oferta, para atender um mercado com demanda aquecida.
A História tem nos fazendo aprender com o passado, isto para quem quer aprender, pois bem sabemos que com inflação temos juros positivos e com deflação é possível ter juros negativos, tal qual, aconteceu com a Europa em anos passados, que com inflação se paga pelo dinheiro disponível e ao contrário, com deflação se paga para emprestar dinheiro, coisas de mercado, de que esta atrelado as expectativas relativas a oferta e procura, e com isto, a se precificar um juro de produção, estaria se criando um índice atemporal, que tanto pode servir e ser útil, nas diferentes situações de mercado, tudo para que o mercado e a econômia sejam os beneficiados, e nisso, favorecer as empresas, empregos, mercado e a economia interna.
Um estado endividado, cuja dívida seja significativa e representativa no tocante a sua econômia, notadamente o seu PIB, bem como, tenha um histórico de descontrole e rigidez na condução da sua econômia, ou seja, gasta mais do que arrecada, como é o caso do Brasil, e que sempre vai representar riscos aos investidores de dívida pública, de forma que, vai precisar compensar estes investidores com juros condizentes e atrativos aos riscos percebidos, que neste caso, os juros básicos são altos para que o estado possa rolar a sua dívida ou refinancia-la, mas que, o único mecanismo que o estado tem para controlar a inflação doméstica é também os juros básicos, além de retirar dinheiro em circulação através dos depósitos compulsórios, ou seja, se controla a inflação pela diminuição liquidez de mercado, que é diminuir a circulação de dinheiro na economia, pois juros altos, atraem a poupança e não ao investimento na produção, que tem um custo muito alto para a econômia interna, isto porquê empresas quebram, empregos são perdidos e o consumo se retrai, ou seja, se quer controlar a inflação pela diminuição da demanda, enquanto o certo seria incentivar a produção para atender a demanda, gerando investimentos produtivos, empregos, renda e satisfazendo o consumo, que invariavelmente a econômia cresce e o governo arrecada mais em tributos, mas, porém, hoje as coisas são assim, pois temos um governo gastador e nem aí com os seus cidadãos contribuintes, cujos os juros têm que neste caso serem altos, bem como, uma inflação alta, que para ser controlada precisa de juros altos, tendo como consequência falência de empresas, desemprego e falta de investimento.
Agora, se houvesse uma medição da inflação de custo de produção, além da medição do custo de consumo, teríamos duas vertentes de acompanhamento da inflação, uma pelo lado da produção e outra, mais abrangente, pelo lado do consumo, e bem sabemos que para haver produção precisa haver consumo, pois um depende do outro, mas quê, estes podem caminhar por estradas diferentes, tudo por conta de leis de mercado, ou, de oferta e procura, mas quê, relativamente e comumente, a produção só apresenta uma inflação alta, por conta de questões estruturais na econômia, tais como, guerras, catástrofes e doenças, a exemplo a Ucrânia, um dos maiores produtores de trigo do mundo, que estando em guerra, deixa de exportar sua produção de trigo, de forma que há excasses de trigo, afetando a oferta, no mundo, e com isto, faz com que os preços subam, que aqui no Brasil, muito embora, sejamos um dos maiores produtores de alimentos do mundo, produzimos muito pouco trigo, por questões climáticas, e com isto, o pão nosso de cada dia fica mais caro, tudo porque a nossa demanda por trigo é maior que nossa capacidade de produzir, e nisso, somos obrigados a importar trigo, cujos preços são regulados mundialmente, mesmo comprando dos vizinhos argentinos, e continuando o pensamento, temos a inflação de consumo, que pode ser influenciada tanto, a exemplo, com a guerra da Ucrânia, como também por que um único importador hipotético, resolve ganhar mais, por ter o monopólio da importação de trigo, que irá impactar no consumo, causando aumento do preço do pãozinho de cada dia. E se um outro importador, obtivesse crédito, no exemplo hipotético, para importar e competir com o importador detentor do monopólio, isto deixaria de ser exclusividade de um, bem como, teríamos práticas de preços competitivos, não incorrendo em inflação de consumo, tudo porque o juro de produção é menor e diferente do juro de consumo.
Concluindo, percebemos que se é de interesse do país, Brasil, controlar a inflação, bem como, oportunizar as condições para que a concorrência e competividade se façam presentes no país, visando dinamizar, impulsionar e melhorar a econômia interna, em termos de investimentos produtivos, geração de empregos e incremento da renda, dos brasileiros natos ou não, residentes neste país, cuja função constitucional, do agente central, banco central, é a preservação do equilíbrio econômico inflacionário e a manutenção dos postos de trabalho, seria bom, que buscasse incorporar este novo mecanismo e ferramenta de controle e desenvolvimento econômico no país.
MEDIÇÃO DA INFLAÇÃO DE CONSUMO - IPCA (ÍNDICE DE PREÇOS AMPLO)
MEDIÇÃO DA INFLAÇÃO DE PRODUÇÃO - ICP (ÍNDICE DE CUSTO DE PRODUÇÃO)
JUROS DE CONSUMO
JUROS DE PRODUÇÃO
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