As faces do Cambio

CAMBIO - Desvalorização da moeda nacional frente as moedas estrangeiras.

Especulador: Compra moeda estrangeira com vistas a obter ganhos com a valorização da moeda, frente a moeda nacional, podendo comprar dólar americano, euro, libra esterlina ou franco suíço. Quanto maior a desvalorização da moeda nacional em relação a moeda estrangeira, maior a diferença entre elas e maior o poder de compra da moeda estrangeira, de forma que, a rentabilização é conquistada quando são buscados reaver os valores investidos, de forma a vender a moeda estrangeira e recomprar a moeda nacional, ganhando com esta desvalorização.


Exportador: Recebe o valor dos bens exportados em moeda estrangeira, de forma que, se a moeda nacional sofreu desvalorização, este consegue obter um valor superior ao valor anteriormente negociado, isto porque, um bem que foi avaliado pelo valor da moeda nacional, mantém o mesmo valor, somente sendo corrigido pela inflação, enquanto que, para efeito da moeda estrangeira, este mesmo bem ficou mais barato, de forma que o exportador recebe mais do que havia negociado, se a desvalorização superar a variação dos preços acumulados pela inflação, conseguindo maiores ganhos com esta diferença.



Importador: Comprar produtos, insumos, matérias primas importadas precificadas em moeda estrangeira, como o dólar americano, fica mais caro, a medida que a moeda nacional se desvaloriza, e com isto, estes produtos a serem convertidos para moeda nacional com valor igual ao importado, tem seus preços aumentados, assim tudo o que for importado tende a sofrer ajuste e correção nos preços, de forma a acompanhar o seu valor equivalente em moeda estrangeira, isto causa inflação, já que a diferença é repassada para o valor de venda do produto no território nacional, para que o importador não tenha prejuízo e também consiga fazer novas compras de produtos, insumos e matérias primas importadas.



Turismo/Viagens Internacionais: Toda a pessoa  que recebe seus rendimentos em moeda nacional, sabe que a medida que existe uma valorização da moeda estrangeira, seus rendimentos quando são convertidos para a moeda internacional ao cambio do dia, perde valor, já que os rendimentos não conseguem acompanhar a valorização da moeda estrangeira, e tudo fica mais caro, envolvendo desde, passagens áreas, hospedagem, alimentação, transporte e gastos no exterior, pois terá que pagar mais por isto.


Proteção/Hedge Cambial:  Para proteger o valor em reais contra a desvalorização da moeda nacional em relação a moeda estrangeira, neste caso o dólar americano, são disponibilizados e comprados contratos de SWAP, de forma a trocar um valor correspondente em reais, indexados por um índice DI, juros futuros, pela valorização ou desvalorização da moeda americana em relação a moeda nacional, de forma que, quando do vencimento do contrato, as partes trocam suas posições em reais e em dólar, e a diferença entre as posições, conhecida como cupom cambial, é compensada buscando acertar as posições, tanto de quem compra, como de quem vende, para não haver prejuízos. Este instrumento de derivativo visa proteger quem tem compromissos a acertar em moeda estrangeira, ou para quem busca, de alguma forma, compensar o efeito da desvalorização da moeda nacional.


A busca de proteção ocorre em função da desvalorização da moeda nacional, para não ficar a mercê das flutuações da moeda, que podem variar bruscamente e acarretar em grandes perdas, em face as diferentes cotações da moeda, nos diferentes momentos e tempos de conversão. Um contrato de SWAP é uma operação em que numa determinada data, ao valor da cotação da moeda estrangeira vigente, compra-se uma certa quantia da moeda estrangeira, de forma a preservar o valor do poder de compra, mesmo que a moeda sofra valorização. Situações em que deve haver Compra de Contrato de SWAP Cambial:
  • Contração de dívida em moeda estrangeira: Um contrato de SWAP Cambial em que é vinculado uma dívida em dólar, para compensar a valorização desta moeda, para não ter prejuízo ou ter que pagar uma dívida acrescida do valor em função da desvalorização da moeda doméstica.
  • Compra de produtos, insumos e matérias primas importados.: Faz um contrato de SWAP cambial, de forma que na data da compra, possa ser preservado o valor de compra mesmo que a moeda oscile periodicamente.
  • Divida interna com juros praticados no mercado doméstico, mas com receita a receber em moeda estrangeira: Faz um contrato de SWAP cambial, visando amortizar os efeitos dos juros de uma dívida, e também compensar a valorização da moeda estrangeira frente a doméstica, troca-se a valorização do cambio por um indexador de taxa de juros.
  • Despesas e gastos efetuados no exterior mas com pagamento em receita a ser obtida em moeda nacional: Faz um contrato de SWAP cambial visando proteger as despesas e gastos feitos no exterior, dos efeitos da desvalorização da moeda nacional, de forma a não ter prejuízos.


Investidor Estrangeiro: Estes buscam auferir lucros e recuperar seus investimentos toda vez que percebem que o risco de investir na economia brasileira esta aumentando em relação aos recursos aplicados no Brasil, desta forma, vende posições investidas no mercado de ações ou vendem títulos da dívida pública, e com isto, recuperam e direcionam seus investimentos para outros mercados menos arriscados ou mais vantajosos. Muito embora investimentos feitos no Brasil em uma determinada época, aplicados a uma determinada taxa cambial, tendem a sofrer perdas, se esta taxa cambial sofrer valorização frente a moeda nacional, ou seja, o valor da moeda estrangeira na data do investimento possuía um valor, sendo que agora, na data do desinvestimento, possui outro valor, maior, e isto acarreta perdas para investidor estrangeiro na hora da conversão das moedas.




CAMBIO - Valorização da moeda nacional frente as moeda estrangeiras.

Investidor Estrangeiro: Investe no Brasil com vistas a aproveitar oportunidades e também com objetivo de diversificar investimentos, confiando e acreditando no desenvolvimento da economia doméstica, desta forma, podem ser feitos investimentos em títulos públicos, no caso da dívida soberana, em empresas nacionais, comprando ações e também em empresas já estabelecidas, ou podem investir em novas empresas de forma a operar uma indústria, como também, investir em bens imóveis e em atividades comerciais, de serviços, minerais e infraestrutura. Recursos que entram na forma de investimentos estão sujeitos as oscilações, variações e mudanças na economia doméstica, que em face as dificuldades internas ou baixo crescimento econômico, podem afetar os investimentos estrangeiros, Mas se as perspectivas são boas e o cenário é favorável, mesmo que a longo prazo, os investimentos também podem ser impulsionados, já que a economia pode estar crescendo e apresentar oportunidades, como também, vantagens em investir.


Especulador: Aplica recursos com vistas a obter ganhos e conseguir rentabilidade com seus investimentos, e para isto, investem em papéis que possam oferecer ganhos, aproveitando oportunidades e buscando títulos e papéis que estejam baixos e que podem valorizar e oferecer ganhos ao longo do tempo, muitos investem em títulos da dívida pública, quanto são oferecidos ganhos em juros acima de outros mercados, por cobrarem um preço pelo risco de investir em economias que não estejam equacionadas. O Brasil paga um dos juros mais altos no mundo para financiar sua divida publica, o que atrai muitos investidores estrangeiros.



Exportador: Os produtos fabricados no Brasil competem com produtos fabricados em outros mercados, excetuando a exclusividade, a qualidade e diferenças peculiares há estes produtos, todos estão sujeitos a competirem entre si, por isto, quando o produto brasileiro for mais barato ou mais competitivo em relação a outros produtos similares fabricados no exterior, faz com que o produto “made in brazil” conquiste mercado no exterior, de forma que, o fabricante brasileiro ou exportador, consiga vender e exportar para outros mercados, mas quando a moeda nacional estiver muito apreciada e valorizada em relação a outras moedas, esta vantagem competitiva deixa de existir no preço, valendo-se somente dos apelos exclusivos e únicos dos produtos fabricados no Brasil, de forma que, conseguir mercado no exterior fica mais difícil.



Importador: Importar produtos do exterior mesmo que sejam similares e idênticos aos nacionais, cujos preços estejam bastante competitivos e vantajosos em relação aos fabricados no Brasil, fará com que aumente o volume de bens importados em detrimento dos produtos fabricados no Brasil, isto porque, a moeda nacional quando valorizada em relação a outras moedas estrangeiros, oferece condições para que os produtos importados fiquem mais baratos ou ofereçam mais vantagens sobre os produtos nacionais.



Turismo/Viagens Internacionais: Melhores serão as condições e vantagens para viajar para o exterior quando a moeda nacional estiver valorizada e apreciada em relação a outras moedas, assim, quando o Dólar americano estiver com uma cotação que tenha uma paridade mais próxima em igualdade com relação ao Real, mais barato será para viajar para o exterior, seja para turismo ou viagens de qualquer tipo.



Proteção/Hedge Cambial: A moeda brasileira quando valorizada frente as moedas estrangeiras oferece um cenário favorável ao mercado interno, em que há pouca necessidade de busca por proteção, já que nesta situação, a economia doméstica esta fortalecida, existe crescimento econômico, o que fará com que os juros internos sejam baixos, além de a moeda brasileira oferecer oportunidades para investimentos no exterior, mas que, em função de riscos e inconstâncias que podem afetar, sem aviso prévio, qualquer economia de mercado, sempre é bom estar protegido, seja em que momento for e para qual investimento for, neste caso, a compra de contratos de SWAP, sempre serão recomendáveis para ter proteção das imprevisibilidades econômicas..






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Legalidade do Crime!

Central de Denúncias, Reclamações e Sugestões.

Quem Perde com o Coluiu?