Juros e a Inflação no Brasil
Normalmente associamos a inflação ao aumento dos preços, ao custo que envolve tudo o que é produzido e desenvolvido, através de bens e serviços, com o consequente repasse destes custos para o preço final, de forma a acumular e embutir a inflação nos preços dos produtos e serviços, e em razão deste aumento, da inflação nos preços, é precificado o juro, mas muito bem sabemos, ou deveríamos saber, que os juros também criam inflação, pois se os juros são o preço do dinheiro, e se o dinheiro esta custando muito caro, bem acima da inflação dos preços de mercado, isto significa que também esta criando inflação nos preços, sendo que os juros não estão fazendo parte do componente que calcula a inflação. E com isto, esta se criando uma ciranda financeira em espiral, pois quanto maior a inflação, maior são os juros, e se os juros são maiores do que um limite dos custos e ganhos do que é justo, estes acabam por inflacionar mais ainda os preços dos produtos, de forma que, este circulo vicioso acaba por afetar o mercado, enquanto que o mercado opera em função da demanda e dos custos, de maneira que, pode reduzir os preços até o limite sustentável da atividade empresarial, já os bancos operam de forma inversa, aumentam os preços(juros), mesmo que a demanda por crédito tenha diminuído, pois quanto menor a demanda, também pode significar maior risco e mais inadimplência, o que acaba por inflacionar os preços(juros), pois quanto mais dinheiro os bancos gerarem através dos juros(emissão de mais dinheiro), mais inflação estará sendo criada, mesmo que os preços dos produtos e serviços no mercado estejam em retração. Para se ter um cálculo realista da inflação, deveriam ser colocados os juros como um componente de cálculo da inflação, de forma que, se os juros excederem um limite sustentável de aumento, estes implicam em aumento da inflação, o que acabaria por oferecer um panorama mais real dos efeitos, nos custos nas empresas, da inflação dos preços, de forma que, os juros tivessem que serem acompanhados e observados pelo seu efeito inflacionário nos preços dos produtos e serviços, para que se forem superiores ao aumento da inflação, estes acabam por implicar no aumento da própria inflação, criando um vicio e uma ciranda crescente na forma de uma espiral, somente tendo efeito no seu impeto inflacionário, por influência da queda acentuada na demanda por produtos e serviços, sendo que quando isto acontece, é porque chegou a um patamar insustentável, mesmo estando os bancos criando mais dinheiro através do juros, compensando a inadimplência e o risco, pois se esta compensação for elevada, acima da inflação, isto acaba por influenciar na própria inflação dos preços no mercado. Os juros básico da economia que são utilizados como referência pelos bancos para precificação dos juros de mercado, não poderiam serem mais altos do que a inflação, pois se for assim, estarão os juros criando mais dinheiro para entrar em circulação, pois o efeito dos juros no mercado pode implicar em mais dinheiro, que de alguma forma, volta para o mercado e é direcionado para o consumo, e se o consumo é maior do que a demanda, isto vai sempre criar inflação nos preços, o que acaba por inviabilizar qualquer controle inflacionário através dos juros, se os juros altos estipulados pelo governo forem justificados por causa da inflação, este controle esta sendo feito de forma equivocada e errada, pois somente justificam juros altos para atender as necessidades do governo em financiar a sua dívida crescente, por isto, o governo deve controlar seu impeto por gastar acima do que arrecada, e não praticar uma politica de juros altos, acima da inflação, para que não crie um efeito inflacionário em espiral, que somente com a diminuição dos gastos e a consequente necessidade de financiar a dívida pública, poderá diminuir a inflação, de forma que, não vai precisar aumentar os juros para vender os títulos públicos, e desta forma, possam ser diminuídos os juros à patamares similares e condizentes com os índices inflacionários, o que acabaria por equilibrar o balanceamento entre demanda e consumo, e consequentemente diminuir o efeito inflacionário na economia.
1º Figura(Desenho)
1º Figura(Desenho)
Quadro 1: Inflação em elevação, juros também em elevação, aumento da inadimplência em consequência do aumento do desemprego, mas também com aumento do dinheiro em circulação em função dos juros, que podem compensar de alguma forma, o aumento do desemprego, e assim continuar impulsionando a demanda, que já não consegue atender a oferta, inviabilizando o controle da inflação através do aumento dos juros básico da economia.
Quadro 2: O Desemprego somente irá diminuir, assim também com a inadimplência, se os juros estiverem em queda, se a inflação estiver em queda, e se a demanda consegue ser atendida pela oferta, com menos dinheiro sendo criado através dos juros, juros menores.
2 º Figura(Desenho)
Quadro 1: Juros altos criam mais dinheiro, que muito embora sejam canalizados para os investimentos financeiros, este acabam retornando para o mercado, e com isto, havendo mais dinheiro para ser usado no consumo, implicando em um aumento da demanda para uma oferta já insuficiente, o que não necessariamente irá diminuir o desemprego e nem a inadimplência.
Quadro 2: A inflação não é negativa desde que controlada a patamares aceitáveis, pois inflação significa crescimento, expansão, e necessidade de investimento para atender a demanda, mas uma inflação muito elevada, significa descontrole e falta de investimento, e que corrói o valor dos salários e o poder de compra do trabalhador, por isto, os juros não podem ser maiores do que a inflação, porque acaba por inflacionar ainda mais os preços, causando o aumento dos custos nas empresas, e com o consequente descontrole na economia.
3º Figura(Desenho)



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