Excesso de Paternalismo nas Organizações
Por quê as organizações quebram e vão a falência? Em muitos casos por culpa do excesso de paternalismo, cuja a cultura enraizada estabelece vínculos afetivos de confiança correlacionados com o paternalismo, em que a busca por oportunizar e dar responsabilidade as pessoas que possuem vínculos afetivos com os sócios e proprietários da organização, é fator determinante para escolha dos dirigentes e colaboradores, deixando e relegando o profissionalismo para o segundo plano, e que nestes casos, se acredita que a confiança baseada em valores afetivos é maior e se pode delegar a responsabilidade com maior liberdade e menor preocupação, dai a relação paternalista, mas tendo somente um porém, que deve ser lembrado, pois uma organização empresarial não é uma família, e se para negócios pequenos, envolvendo pouca complexidade na sua atividade, isto funcione bem e garanta a sobrevivência de uma família, e que este modelo, já foi muito praticado em tempos passados, como meio e forma de manter o negócio nas mãos de uma ou mais famílias, que requer a cumplicidade e o comprometimento de toda a família com o negócio, tornando um negócio de família, e é só buscarmos exemplos das numerosas famílias que tinham no campo o seu meio de subsistência, ou que em outras épocas, as empresas maiores e complexas, eram basicamente comandadas por membros de uma família, mas neste tempo tudo era diferente, e não havia a tecnologia que temos hoje, não havia a liberdade de expressão e a liberdade de comunicação existente hoje, e as coisas evoluíram muito, no direito, na justiça, na ordem e no respeito, e a sociedade construiu mecanismos de controles, justamente para proteger e regular as organizações, bem como, na ciência da administração e da informatica, foram desenvolvimento controles, métodos, técnicas e praticas que visaram justamente regular e controlar as organizações, e com isto, as organizações começaram a serem mais livres, independentes e designadas por princípios, objetivos e metas, bem como, por normas, tanto externas como internas, impostas pelos órgãos de controle, implicando no surgimento de praticas de governança administrativa, que estabeleceram critérios e mecanismos de proteger a organização, os acionistas, os colaboradores e os parceiros, a fim de perpetuar o negócio da organização, e em outra esfera, foram criados departamentos especializados por buscar aprimorar e melhorar o negócio da organização, para que a organização pudesse inovar e desenvolver a si mesmo, a fim de se manter no mercado e ser competitiva, em relação ao seus pares concorrentes no mesmo negócio, e sem falar em relação ao mercado, que tem evoluído de forma frenética, obrigando e impondo as organizações novas formas de olhar a organização, para que esta não sucumbisse e fosse ultrapassada por organizações mais ágeis, modernas e preparadas para estes tempos de concorrência e competição acirrada, assim como, os clientes passaram a serem mais exigentes e seletivos, que escolhem e determinam com quem negociar, que produto comprar, que serviço adquirir, e com isto, a qualidade e a atenção, com as preocupações e necessidades dos clientes, passaram a ser vitais para sobrevivência de qualquer empresa moderna, de forma que, organizações que ainda se baseiam em praticas antigas, sem ter no cliente, o seu foco no negócio, fatalmente perderão espaço, como também relevância no mundo moderno, que exige que o cliente esteja no centro da atenção de qualquer negócio, e para isto, exige-se que as organizações sejam profissionais e estruturadas em acordo com as novas práticas e um pensamento voltado para o mercado, e não para empresas que ainda pensam que o paternalismo, baseado na confiança familiar a manterá viva e prospera, mas sim, o trabalho, a competência, a capacidade e a inteligência, tendo foco no cliente e no que o mercado procura e deseja, e com isto, tornar a organização moderna e voltada para o mercado e não para a família.
Organizações paternalistas funcionam até o limite da sua capacidade de organizar e manter a sua atividade na mãos daqueles que são colocados lá para se protegerem e obterem sucesso através do esforço familiar, mas que, ao tornarem estas organizações mais complexas, estas exigem pessoas com maior preparo, maior disposição, maior competência e capacidade para levarem adiante uma proposta de negócio voltada para o mercado, em que os clientes não olhem para quem, mas para o que a organização pode e esta fazendo e tem capacidade de fazer pelos seus clientes.
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