Produto de crédito de longo prazo para fomentar o desenvolvimento da Atividade Produtiva

Existem hoje no mercado uma limitada gama diversificada de produtos de crédito destinadas a captar recursos com o objetivo de fomentar o desenvolvimento das atividades da Industria, do Agronegócio, do Comércio e de Serviços, pois esta função tem sido delegada quase que exclusivamente aos Bancos de Desenvolvimento, que se utilizam de recursos públicos na maioria das vezes, geralmente oriundos do pagamento de impostos, para poderem financiar o desenvolvimento da atividade empresarial, seja em que setor da economia for, esta atribuição claro, tem a vantagem de oferecer linhas crédito a juros mais baratos do que o praticado no mercado aberto, mas tem o inconveniente de utilizar os recursos públicos, que muitas vezes são repassados para fomentar o setor privado, concorrendo estes recursos com os investimentos necessários a financiar obras de infraestrutura, que seriam o principal objetivo e foco de interesse destas instituições de desenvolvimento, já que a infraestrutura alcança toda a população, enquanto o financiamento da atividade privada, beneficia somente o setor privado, no caso da iniciativa privada, são recursos públicos mas com alcance à atividade privada, e que muitas vezes concorrem com as necessidades de investimento da atividade publica, que abrange as obras públicas de infraestrutura e também em obras publicas como escolas, universidades, centros de pesquisa ou quaisquer outras necessidades em relação a financiar a atividade publica. Os recursos públicos são limitados, assim como, os recursos dos bancos de desenvolvimento, neste aspecto, a atividade bancaria privada limita-se a repassar estes recursos que são oferecidos pelos bancos de desenvolvimento publico para todo e qualquer financiamento de fomento a atividade privada, que tem se limitado aos financiamentos públicos geridos pelos bancos de desenvolvimento, que contam com os bancos privados somente para repasse, controle e gestão destes recursos, como estes recursos são disponibilizados através de oferta de baixas taxas de juros, haja vista, que o custo de captação se limitam basicamente ao custo do financiamento da dívida publica, através da taxa selic meta anua, além de contarem com um significativo subsídio concedido pelo governo que com isto tornam estes juros bastante baixos se comparados com os juros de mercado, no mercado financeiro aberto. O inconveniente desta prática esta em justamente privar os bancos particulares de poderem também fomentar estes setores com recursos do próprio do mercado e também de estar os bancos de desenvolvimento  incumbidos de uma atribuição que não necessariamente é sua, pois deveriam canalizar estes recursos para obras ou atividades de interesse publico e não privada. Para que se possibilite uma maior participação dos bancos tanto privados como públicos, mas não de desenvolvimento, a também contribuírem no fomento da atividade privada através da captação de recursos no mercado aberto, deveriam haver linhas de crédito voltadas a captar recursos no mercado aberto, com o único e exclusivo propósito de fomentar o financiamento da atividade privada, no tocante a compras de máquinas, equipamentos, veículos, caminhões e maquinários que serviriam para financiar a atividade dos diversos setores da economia para que se desenvolvam também através do financiamento privado, seriam operações criadas para que o investidor aplique recursos com o objetivo de financiar as diversas atividades da economia, assim, este recursos poderiam ser remunerados pelos índices de preços de consumo, no caso IPCA, a fim de garantir uma remuneração minima para proteger a aplicação da inflação, mais um índice atrelado ao crescimento da economia como o IBC-Br, o que garantiria um retorno vantajoso a medida que economia crescesse, seja no setor industrial, no setor do agronegócio, no setor do comércio ou no setor de serviços, aumentando sua participação na proporção que houver crescimento e desenvolvimento de cada setor na economia, seria atrativo para o investidor a medida que este percebe que a economia cresce e se expande, e além do mais, este acompanha o crescimento da economia, em contra partida, os bancos privados ou públicos ofereceriam linhas de financiamentos para os diversos setores a fim de que estes financiem sua atividade a longo prazo, seja na aquisição de máquinas e equipamentos, seja na expansão da atividade, seja na criação de novos negócios e no desenvolvimento novos empreendimentos, cujos recursos disponibilizados seriam remunerados através de taxas atreladas ao índices do tipo DI mais um percentual fixo, que não fosse inferior ao índice de crescimento da economia, para que posam ser tão atrativas quanto as taxas públicas, desde que estas não sejam inferiores as taxas de captação, dos custos de captação no mercado, os índices a serem utilizados devem refletir tanto a inflação, como o crescimento da economia, além serem competitivos em relação outras opções de investimento e financiamento. Desta forma estaria sendo criadas novas opções de crédito para fomentar os diversos setores da economia através de recursos privados, em que a própria atividade econômica privada passaria a financiar a sua expansão, o seu crescimento e sua renovação, deixando que os recursos públicos sejam alocados para as necessidades de infraestrutura e de fomento de interesse publico, e não de interesse particular, seria o estado tomando conta da coisa publica, de interesse publico e a atividade privada tomando conta com os interesses da própria atividade particular, da iniciativa privada. Para que estes produtos sejam competitivos e vantajosos tanto para investimento quanto para financiamento, estes deveria ter os recursos canalizados de forma direcionada e exclusiva para os diversos setores produtivos da economia, devendo o estado, retirar sua função como principal fomentador de recursos para o setor privado a fim de viabilizar esta nova prática financeira.

Seria criado uma modalidade de captação de recursos para investimento através da oferta de um produto de crédito destinado a atender as demandas por crédito da atividade produtiva, a fim para atender suas necessidades de financiamento a longo prazo, esta modalidade atenderia os setores da Industria, do Agronegócio, de Serviços e do Comércio para fomento das suas atividades a longo prazo, tendo os seus recursos direcionados para as respectivas áreas através de linhas de financiamento, assim, a Letra de crédito de Fomento da Atividade Produtiva ou COE (Certificado de Operações Estruturadas), cujos recursos devem ser alocados e voltados para o financiamento da atividade produtiva nos mais diversos setores da economia, atendendo suas necessidades de crédito a longo prazo, seria um produto criado para um fim específico voltado a atender necessidades específicas, em que se oferecia alternativas tanto para investimento e aplicação de recursos para os investidores, que teriam mais opções disponíveis para seus investimentos, como também haveria linhas de crédito voltados a financiar o mercado nos mais diversos setores da economia. Estes recursos captados não teriam lastro mas sim a garantia da solidez e a confiança na instituição que ofereça este tipo de opção de crédito, tanto para investimento como para financiamento ao cliente interessado em investir no crescimento e na expansão da economia.

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