As Carapuças que Algumas Pessoas Vestem na Defesa do seu Ego no Trabalho

 Muitas pessoas na busca por se diferenciar ou mesmo para fazer evidenciar seu ego inflado por uma visão e posição superior que tem da vida, envolvendo sua atuação no trabalho ou mesmo, relacionado a política ou quando não, a sua vida pessoal, se vestem de carapuças para encobrir uma personalidade fechada e antidemocrática, a fim de defender suas posições e suas supostas virtudes superiores, mas que na verdade, não passam de pessoas egocêntricas, cuja lente pela qual observam o mundo, esta distorcida e desconectada da realidade, pois quando bancamos ser superior e melhor que os outros, em função de algum conhecimento melhor ou mais profundo sobre algo, isto não nos torna donos de um conhecimento universal, e sim, que conhecemos um pouco mais sobre algo, ou quando não, que achamos que conhecemos mais do que os outros, sendo que não é bem assim, que sempre haverá alguém que conheça mais e saiba mais, e que por isto, estas pessoas quando agem desta forma, mais estão encobrindo seu medo, em relação ao que sabem, ou porque não querem admitir que nada sabem e talvez saibam muito pouco, de tudo o que há para se saber e conhecer, em termos de conhecimento profissional, político etc... e com isto, fazem uso da arrogância, prepotência e indiferença, associada a uma personalidade confusa e ignorante, para se manter a salvo em sua carapuça.

Alguém que se julgue melhor, mesmo que nem todo mundo, ou talvez todos, tenham este julgamento e esta impressão, de que seja uma pessoa melhor que os outros(no que diz respeito a algum conhecimento sobre o qual domine), esta na verdade construindo muros, impedindo que possa haver pessoas, que enxerguem ou que não compartilhem com ela, esta sua ideia de superioridade, e que de certa forma, poderiam o ajudar para melhor expandir seu conhecimento, para que aglutinasse outros aspectos a este seu conhecimento superior, em relação a tudo o que ainda não sabe e conhece, caso a sua postura e atitude, fosse mais empática e democrática.

Muitas destas pessoas, buscam uma proteção, na forma de uma carapuça, isto para que não sejam atacados em suas ideias e opiniões, visto que estes sempre tem razão, para que desta forma, possam conseguir se proteger e se defender com suas armaduras, desdenhando, menosprezando e desfazendo qualquer capacidade e virtude que outros possam ter; e que estes por agir, pensar e introjetar esta visão distorcida, acabam por fechar as portas para que novas possibilidades possam relativizar o seu conhecimento superior; e agindo assim, estão limitando e restringindo a sua capacidade de crescer e aprender coisas novas, visto que se isolam dentro deste seu ideal de superioridade, cujo mesmo, não passa de puro delírio negacionista de uma realidade que não querem perceber e enxergar, em relação ao que pode representar uma nova visão e percepção das coisas, seja no trabalho, seja na política, seja na vida,  haja vista que não tem esta competência de observar e perceber que  a vida, exige uma interpretação com maior profundidade e empatia, para que seja analisada com maior precisão, e quem age de forma superior e melhor, pode tornar-se uma pessoa muito voltada para si mesma e seu mundo narcisista. 

Alguns criam subterfúgios para disfarçar esta sua discriminação ao diferente, ao honesto, ao sincero, ao comprometido e a responsável, que por isto, se unem em prol de uma causa estapafúrdia, numa suposta superioridade que detém sobre algo, que os uni em função deste fato que restringe e exclui os forasteiros, que pode estar relacionado com o tempo de serviço, o local aonde residem, o seu grupo de relações, suas origens e/ou sua posição social, tudo para se proteger dos invasores que possam lhes roubar esta dita superioridade, já que adotaram uma posição e visão de mundo que tem em comum e pelo qual compartilham, isto para se defenderem dos intrusos; visto que os competidores  podem trabalhar com mais empenho e desenvoltura, demonstrando mais dedicação e esforço, visando cumprir com sua tarefa e serviço, no que lhes cabe no ambiente de trabalho, em decorrência de maior competência e habilidade, e com isto, estes ditos grupos superiores caem por terra, porque não tem mais como provar e defender a sua dita causa superior, mas, se a organização permite e possibilita esta união em torno deste pensamento, esta também permitindo e possibilitado que seja criado um ambiente carregado de influências negativas, cujo mesmo é propenso a um ringue para disputas no trabalho.

Ao se unirem para se protegerem dos forasteiros, dos que vieram de fora, visto que estes últimos podem demonstrarem uma outra atitude e virtude, em relação ao trabalho, que as torna mais exitosas em suas tarefas, enquanto que aquelas pessoas(unidas), ao fazerem isto, estão prejudicando a si mesmas e a organização para qual trabalham, por conta de que, não permitem que novas ideias e soluções possam serem aplicadas ou que, a convivência pacifica e ordeira, possa os ajudar a tornarem-se mais competentes e capacitados, em torno de um ambiente harmônico e amistoso, e com isto, adquirirem novas habilidades que os ajudaria a enfrentar novos desafios em quaisquer situações que possam incorrerem no futuro, em virtude das circunstâncias e situações da vida, que de qualquer forma, os obrigaria a aceitar, adaptar e mudar o seu comportamento, a fim de se moldarem as novas exigências em atitude no trabalho, e assim, poderem serem competentes novamente.

Mas quando se unem para se protegerem, estão se auto prejudicando e limitando sua capacidade de aprendizado, já que isto, pode significar uma ameaça a dita casta superior que foi criada, somente porque querem protegerem-se da sua própria incompetência e incapacidade em lidar com algo inusitado, diferente e inovador, por ser mais empático, do ponto de vista do que as novas exigências, em relação ao que se espera de um profissional contemporâneo, no que concerne a seu posicionamento, atitude e comportamento no ambiente de trabalho, possa representar, cuja a única razão por estarem em uma organização, é porque tem que desenvolver, produzir e trabalhar, demonstrando resultado, e não ficar se colocando num palanque superior e mais alto, visando proteger a sua desqualificação em relação a questão comportamental, intelectual e emocional, para não ser um profissional aberto ao novo, inusitado e diferente, bem como, que bloqueiem qualquer propensão ao aprendizado, prejudicando o seu aperfeiçoamento profissionalmente, e assim, os capacitando para continuarem competentes.

Atitudes cujo ego se faz presente e dominam o ambiente de trabalho, notadamente irão criar um ambiente hostil, cujas pessoas ao seu modo e jeito, irão se vestir em suas carapuças, como se tivessem que colocar suas armaduras para ir a uma guerra, em um ambiente tenso, carregado e frio, por conta de que, a palavra equipe, assume outra conotação, que não é a de colaborar e cooperar com a equipe, mas sim, que cada um busque fazer o que tem que fazer, ao seu modo e jeito, com as devidas cautelas e precauções, sem participar ativamente e efetivamente para com a equipe, contribuindo para o bem da equipe, mas sim, é um local, aonde o individualismo aflora e assume sua posição, para que que os egos emerjam com força e seja o maior beneficiado, ou seja, a pessoa é mais importante do que a equipe, de forma que, isto o leva a deixar de contribuir com ideias e soluções, limitando sua participação ao âmbito de suas tarefas e serviços, sem se envolver e contribuir para a melhoria dos trabalhos da equipe, e a consequência disso, é que toda a organização sai perdendo, quando esta deixa rolar, para que surjam feudos e silos dentro da organização, em que cada um busca para si as glorias do trabalho, sem que a organização seja a maior beneficiada, ou quando, as rixas e desavenças são tão grandes a ponto de o trabalho não fluir e não se desenvolver, haja vista, os bloqueios e muros que foram criados, para que os feudos e silos se mantenham a salvo e protegidos contra os ataques, que viram na forma de demandas e solicitações de trabalho, já que quando estas não são atendidas, irão expor a fragilidade de uma casta superior formada através de silos e feudos, bem como, que os bloqueios restrinjam a colaboração, insurgidos por um clima tenso, uma atmosfera pesada e em um ambiente carregado, cuja a energia é dissipada em função das armaduras que cada um veste para se defender no trabalho, e com isto, a organização deixa de funcionar e ativar sua operação, cujo o esforço coletivo fica relegado a um segundo plano, para beneficiar a posição de superioridade de quem defende esta sua estatura, por se achar melhor com seu involucro, dentro do seu casulo, protegido por esta carapuça, para não demonstrar e abrir sua capacidade e competência, ao ser transparente e aberto para potencializar sua habilidade, com a devida justificativa, a fim de que, sejam realçadas e refletidas por suas ações e atitudes no trabalho, e com isto, a competência fica evidenciada. 

Algumas pessoas quando não conseguem competir com alguém mais competente, podem agir de forma sorrateira e baixa, através de inserções de comentários pessoais e revanchistas, visando atacar para prejudicar quem estas invejam, seja por aspectos físicos da pessoa, seja por aspectos da personalidade, seja por aspectos da vida pessoal, isto para se sentirem melhor, cujo ego narcisista visa buscar derrotar quem esta no seu caminho, e muitas vezes isto vem de forma sútil, mas com uma intenção clara de humilhar, ofender e constranger, haja vista, que não tem a mesma competência e capacidade em competir no trabalho. 

Organizações que são corporativistas do ponto de vista, ao que as uni em prol, de seus propósitos, bem como, que possuem uma estrutura burocrática, que as torna fechadas para se protegerem em relação as questões que poderiam as tornar mais dinâmicas, fluídas e flexíveis, irão certamente serem propensas a um ambiente carregado, tenso e frio, cujos membros irão vestir-se de suas carapuças, e mesmo que demonstrem e apresentem-se como democráticas e transparentes, estas podem esconder por trás de uma fachada, uma organização rígida e arcaica, cuja mesma pode funcionar aos moldes de uma era que valoriza a burocracia, mesmo estando operando sob um ambiente repleto de tecnologia e inovação, e para evitar tudo isto, além de abrirem-se, com vistas a tornarem-se empáticas, agradáveis e amistosas,  estas tem que operarem com vistas a serem eficientes, eficazes e efetivas, bem como, que existam instrumentos e mecanismo internos que visem coibir, inibir e punir, qualquer ato que tenha como efeito, constranger, humilhar e prejudicar alguém no ambiente de trabalho.

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